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sábado, 16 de junho de 2012

Celebridades da mídia apostam na carreira política

A sociedade é chamada a votar cada dois anos, e com isso as pessoas se veem na obrigação de escolher o próprio representante, mas entre às opções estão àquelas personagens devido à presença constante na mídia, então nada mais natural do os que os eleitores depositarem o voto nos candidatos conhecidos dos da TV, do rádio, do esporte ou da música, segundo o cientista político Igor Fuser.

Os resultados dos votos são representados pela soberania popular, por isso o eleitor acaba influenciado pela popularidade dos famosos o que facilita a entrada desses no poder público.

A eleição de 2010 elegeu deputado federal o palhaço Francisco Everardo Oliveira Silva, codinome Tiririca com 1,35 milhões de votos. Outros representantes conhecidos na mídia que já foram eleitos, entre eles, o apresentador Clodovil Hernandes, o cantor Frank Aguiar, o esportista Romário de Souza, o ator Stepan Nercessian, o ex-big brother Jean Wyllys e o cantor Netinho de Paula.
A presença dessas pessoas no parlamento brasileiro não é tão recente. Em 1978, o jornalista Audálio Dantas foi eleito deputado federal pelo estado de São Paulo. Ele fala que a popularidade o ajudou na vitória.

"A minha eleição se deu num processo político do País, primeiro tinha uma atuação muito presente no jornalismo no sentido de denúncia dos crimes de censura e tortura na ditadura militar, então minha campanha se fez boca a boca e foi um processo legítimo de propaganda”, diz Dantas.

Igor Fuser também explica que os resultados e intenções desses votos não são reais por uma série de fatores e que o maior índice da população está completamente alienado aos processos políticos. “A maioria dos cidadãos não acompanha o que acontece na política é algo muito distante e acontece em outro lugar completamente inacessível do mundo das pessoas comuns. Então os candidatos “famosos” tem pouca inserção da sociedade e buscam um mandato superficial, desprovido de conteúdos e em favor do próprio interesse. A alta votação desses personagens é um sintoma da crise de representatividade da política brasileira”, afirma.
Muitos eleitores não se sentem influenciados pela popularidade desses candidatos, é o caso da estudante de direito, Jandira Souza de 42 anos. Ela afirma que seu voto não é influenciado por celebridades, mas por quem apresenta credibilidade nas propostas. “As celebridades eleitas não são sustentadas por propostas e ideologias, mas sim por serem conhecidos na mídia ou destaque por qualquer coisa”, diz Jandira.

A educadora física, Amanda Viana de 25 anos, afirma “apesar do carisma de um famoso, não há tanto poder de convencimento como político e muito menos ser a melhor opção”.

No entanto, vale lembrar que o voto consciente pode fazer toda diferença nas decisões dos parlamentares no congresso, para então refletir no planejamento e desenvolvimento social do país.

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