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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Falta de patrocínio é um dos grandes desafios no futebol feminino

O histórico do futebol feminino é conturbado, altos e baixos rodeiam esta profissão. A falta de interesse por parte dos patrocinadores norteiam os profissionais da área, que mesmo com as dificuldades não desistem dos sonhos.

Mesmo com a falta de interesse dos patrocinadores, os times de base e os sonhos de reconhecimento da carreira se mantêm intactos. Como no caso da jovem Karine Duarte, 20 anos, que alimenta esse sonho desde sua infância, e depois de ter passado por diferentes clubes e vivenciar a falência de alguns, ainda acredita no futuro da modalidade. 

Ouça trecho da entrevista com a jogadora de futebol Karine:
Entrevista Karine by anarc

Outro obstáculo para o esporte voltado para as mulheres é o pouco espaço na mídia, pouco se fala sobre o que ainda há da modalidade. No Brasil, o futebol feminino recorda a Marta, artilheira da seleção, que sai nos noticiários apenas em tempo de grandes campeonatos.

Apesar da dificuldade de encontrar patrocinadores e espaço na mídia, para técnica do time de futebol de Itaquaquecetuba, Soninha Silva, o esporte tem crescido e ganhou espaço no país, mas ainda falta estrutura para atender as meninas que pretendem seguir carreira no esporte.

Ouça trecho da entrevista com a treinadora Soninha Silva:
Entrevista Soninha by anarc

Para a analista de marketing empresarial, Walquíria Borba, por uma questão de costume cultural, “o futebol feminino não é valorizado no país por isso não é válido para as grandes empresas estamparem a logomarca nos uniformas e unir a marca ao time”. No País do futebol, a categoria feminina alcançou o mercado, mas ainda necessita de estrutura e investimentos para obter seus dias de glória.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

África luta contra o vírus HIV

Segundo blog do jornalista Eduardo Castro, um acordo entre a Vale, segunda maior mineradora do planeta (a maior é a anglo-australiana BHP Billiton), Instituto de Gestão das participações do Estado, ligado ao governo moçambicano e a empresa sul-africana Pro-Er viabilizará a construção de uma fábrica de antiretrovirais, medicamentos usados no combate a AIDS. Os equipamentos necessários serão doados pelo governo brasileiro, acordo firmado em 2003 pelo então presidente Luis Inácio Lula da Silva. Dados da UNAIDS, organização que trata das questões de HIV da África, a África Subsariana, onde vivem 70% dos infectados de todo o mundo, é onde se tem os maiores avanços nos tratamentos. Se não possível impedir o vírus de entrar, pelo menos ele deixou de crescer, registrando uma queda de 25% de novos casos de infecção, no período entre 2001 e 2009. Em Moçambique se teve o maior avanço em pacientes assistidos, passou de 6 para 200 mil só no ano de 2010.
 
 
A África, segundo continente mais populoso do mundo (perdendo apenas para a Ásia), tem economia  basicamente agrária. 63% das pessoas vivem em zonas rurais e os outros 37%, nas cidades. O PIB corresponde a 1% do PIB mundial. Além da agricultura, existe a grande exploração de diamantes e ouro, o que  é um paradoxo. Exploração essa é feita por multinacionais européias, que não repassam o desfrute dessa riqueza para os africanos. Nos anos de 1970, o vírus HIV se instalou e se propagou rapidamente, vitimando centenas de pessoas. A quantidade de soropositivos cresce paulatinamente por motivos que para nós, brasileiros, parece não ser grande coisa. O motivo número um é que os africanos não estão acostumados a usarem preservativos em suas relações sexuais. Isto está fora da cultura africana e diga-se de passagem, cultura é algo que os africanos respeitam e muito. As crenças são outros fatores que favorecem o avanço do vírus HIV na região. Tanto que sobrepõem à saúde e a luta pela vida.
 
 
Muitos africanos não acreditam que a AIDS seja uma doença contagiosa, degenerativa e que requer cuidados muito específicos e acompanhamento assíduo por uma equipe médica altamente especializada. O jornalista Eduardo Castro, que vive em Suazilândia, África, postou em seu blog que um cidadão estava sendo tratado com um médico que além de antiretrovirais, que são medicamentos usados para tratamento da doença, lhe receitava banho de ervas contra os males espirituais. “meu paciente não acredita que o vírus foi transmitido por meio de uma relação sexual. Ele tem convicção de que é um feitiço para deixá-lo doente. Ele só aceitou tomar os remédios se também pudesse tomar o banho de ervas ao mesmo tempo.”, disse o médico voluntário que auxilia no tratamento dos soropositivos.
 
 
Eduardo Castro, diz que existem diversas ONGs estrangeiras que nem sempre adéquam suas campanhas a linguagem de cada região. Por exemplo, tem ONG que prega a monogamia ou abstinência, mas Moçambique é basicamente poligâmica. “E não há bem maior para o homem de várias etnias daqui do que perpetuar o seu clã”, diz Eduardo Castro referindo-se às campanhas que considera pouco eficientes. Encurtar a distância que existe entre os doentes e os locais de tratamento é um desafio. “Tem mil médicos para 22 milhões de habitantes no interior, hospitais ou postos de saúde que ficam a dias de distância, por estradas de terra. Complicadíssimo seguir um tratamento assim”, completa o jornalista. Ainda que timidamente, o número de infectados está deixando de crescer mas ainda há muito o que fazer. 

terça-feira, 19 de junho de 2012

Filme Rio tem figuras estereotipadas da sociedade


A animação Rio, dirigida pelo brasileiro Carlos Saldanha, não parece ser apenas um produto voltado para o público infantil por trazer cenas com figuras estigmatizadas como mulheres de biquini que rebolam no carnaval e um  menino pobre e negro que ajuda os adultos no tráfico de animais.

As situações que chamam a atenção no filme giram em torno de figuras estereotipadas da nossa sociedade. As aves são capturadas por Fernando, um menino pobre, negro e que presta serviços para contrabandistas, que por sinal, são todos negros e moradores de um morro carioca.

O pequeno garoto está sempre vestido com a camisa da seleção brasileira. Ele confessa a Linda, dona da arara chamada Blu, que só roubou as aves porque precisava de dinheiro. As figuras brasileiras da animação apresentam um comportamento muitas vezes, fora do que é considerado adequado, beirando a insanidade. Até mesmo Blu acha estranho o comportamento de Túlio, um brasileiro especialista em aves, ao tentar se comunicar com os bichos. Luiz, cachorro que vai ajudar a soltar as aves das correntes também tem um comportamento estranho ao recepcionar as aves em sua oficina.  Ele saliva excessivamente e fala coisas desconexas.

Silvio, segurança responsável pelo viveiro de Jade, última arara azul do Brasil, trabalha contando os minutos para o início do carnaval. Ele veste um top e um short dourado por baixo do seu uniforme de trabalho. Uma seqüência de cenas que chamam bastante atenção são as dos macacos ladrões. Enquanto um faz apresentações para distrair o público, os outros furtam jóias, celular e outros objetos de valor. Depois todos parecem comemorar a façanha em um baile. Fernando não deve ter mais do que dez anos de idade e pilota uma moto morro acima, com o casal de humanos como se fosse uma bicicleta e sem cuidado nenhum, passando por cima das calçadas e assustando os pedestres.

Numa das cenas onde Linda e Túlio tentam resgatar as araras, a americana aparece no alto de um carro alegórico, no meio da Marquês Sapucaí. Sem saber o que fazer e tentando encontrar seu bicho de estimação, que tinha sido levado pelos bandidos,  um homem que está a pé grita para ela rebolar. Os pedidos são reiterados por Túlio.

Os jogos de futebol e o carnaval são capazes de parar a cidade inteira. Não importa o que esteja acontecendo, estando no Rio de Janeiro, tudo parece ser uma grande festa.