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terça-feira, 19 de junho de 2012

Filme Rio tem figuras estereotipadas da sociedade


A animação Rio, dirigida pelo brasileiro Carlos Saldanha, não parece ser apenas um produto voltado para o público infantil por trazer cenas com figuras estigmatizadas como mulheres de biquini que rebolam no carnaval e um  menino pobre e negro que ajuda os adultos no tráfico de animais.

As situações que chamam a atenção no filme giram em torno de figuras estereotipadas da nossa sociedade. As aves são capturadas por Fernando, um menino pobre, negro e que presta serviços para contrabandistas, que por sinal, são todos negros e moradores de um morro carioca.

O pequeno garoto está sempre vestido com a camisa da seleção brasileira. Ele confessa a Linda, dona da arara chamada Blu, que só roubou as aves porque precisava de dinheiro. As figuras brasileiras da animação apresentam um comportamento muitas vezes, fora do que é considerado adequado, beirando a insanidade. Até mesmo Blu acha estranho o comportamento de Túlio, um brasileiro especialista em aves, ao tentar se comunicar com os bichos. Luiz, cachorro que vai ajudar a soltar as aves das correntes também tem um comportamento estranho ao recepcionar as aves em sua oficina.  Ele saliva excessivamente e fala coisas desconexas.

Silvio, segurança responsável pelo viveiro de Jade, última arara azul do Brasil, trabalha contando os minutos para o início do carnaval. Ele veste um top e um short dourado por baixo do seu uniforme de trabalho. Uma seqüência de cenas que chamam bastante atenção são as dos macacos ladrões. Enquanto um faz apresentações para distrair o público, os outros furtam jóias, celular e outros objetos de valor. Depois todos parecem comemorar a façanha em um baile. Fernando não deve ter mais do que dez anos de idade e pilota uma moto morro acima, com o casal de humanos como se fosse uma bicicleta e sem cuidado nenhum, passando por cima das calçadas e assustando os pedestres.

Numa das cenas onde Linda e Túlio tentam resgatar as araras, a americana aparece no alto de um carro alegórico, no meio da Marquês Sapucaí. Sem saber o que fazer e tentando encontrar seu bicho de estimação, que tinha sido levado pelos bandidos,  um homem que está a pé grita para ela rebolar. Os pedidos são reiterados por Túlio.

Os jogos de futebol e o carnaval são capazes de parar a cidade inteira. Não importa o que esteja acontecendo, estando no Rio de Janeiro, tudo parece ser uma grande festa.






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