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terça-feira, 15 de maio de 2012

Brasileiros buscam melhores oportunidades após crise européia

A crise européia teve efeito dominó causando problemas em quase toda Europa. Muitos brasileiros que estavam em busca de melhores condições de vida e experiencias internacionais, precisaram arrumar as malas mais cedo e pegar o caminho de volta, já outros não se intimidaram e continuaram por lá.


 Portugal possui uma área total de 92 090 km e representa 12% da economia européia. Devido à crise financeira e a degradação de trabalho o sonho de subir na vida está mais distante. Mesmo com o empréstimo liberado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) de 26 bilhões de Euros, o país tenta se reerguer economicamente. Como consequência cresce a taxa de desemprego no país, só entre os brasileiros aumentou 72% até agora.

Segundo o consulado português em São Paulo, os brasileiros forma os mais atingidos pelo desemprego no país com a crise econômica. Em agosto de 2009, o Instituto de Emprego e Formação Profissional registrava 8.879 desempregados brasileiros, 28% dos estrangeiros sem emprego. o número representa 8,5% do total de brasileiros legalizados em Portugal, o total de desempregados no país era de 501.663, 65% em relação a 2008.

Os dados divulgados também pela Organização Internacional de Migração (OIM, orgão da ONU), a cada três brasileiros que vivem em Portugal, um está desempregado. O número é quatro vezes maior que a média nacional de 7,7%. Muitos procuram ajuda na Casa do Brasil, para voltar ao país, que os encamiha para o Programa de Retorno Voluntário, implementado pelo governo português e pela OIM. Aproximadamente 400 brasileiros precisaram deste benefício com a finalidade de voltar ao Brasil e recomeçar a vida com as economias ou novas oportunidades de trabalho.

PERFIL DO IMIGRANTE BRASILEIRO

O perfil do imigrante brasileiro é de classe c, com menor grau de instrução e menor qualificação profissional, a grande maioria se concentra em trabalhos conhecidos como subempregos como pedreiros, motoristas, marceneiros, empregados de restaurantes, hotéis e lojas. O nível de trabalhadores menos escolarizados impede salários mais expressivos no mercado português, já que a contribuição destes na economia portuguesa atinge os setores: construção civil: (29,1%), empregados de restaurantes e hotéis (25%), e de serviços não qualificados (27,1%). Já o número de estudantes representa (27,3%), profissional com qualificação média(16,1) e professores(10,3%). Cerca de um terço dos legalizados são profissionais liberais como dentistas, decoradores, especialistas em marketing e propaganda, geralmente vivem nas regiões metropolitanas como Lisboa (41,2%) e Porto (13,6%), onde se concentram maiores oportunidades de trabalho. Grande parte da moradia dos brasileiros está nas cidades de Aveiro, Braga, Coimbra e Faro. O país permite aos brasileiros morarem onde quiserem, mas com outros estrangeiros há segregação em áreas específicas.
A maioria desses imigrantes tem idade entre 24 e 34 anos, oriundos de várias partes do Brasil. A maioria emigra por motivos econômicos ou por desemprego. A preferência pelo país facilita a integração, flexibilidade, domínio do idioma e a proximidade de costumes, favorecendo aos brasileiros no processo de adaptação.
Wilma Matias, 52 anos, natual de Goiânia, decidiu morar em Lisboa no ano de 2001, teve dificuldades por causa da idade, mas não desistiu diante da crise e não descarta a possibilidade de regressar ao Brasil para abrir seu próprio negócio na área de gastronomia. Trabalha como diarista e sua renda mensal é de 1.200,00 euros.

Natural de Tefé, Amazonas, o jogador de futsal do time português, Acadêmico de Mogadouro, Gilson Souza dos Remédios, 26 anos, diz que a maior dificuldade que encontrou para conseguir trabalho foi a emissão de todos os documentos para legalizar sua estada no país. Mesmo com a crise financeira, Gilson afirma que "não adianta o Brasil estar bem financeiramente se falta educação, transporte público, segurança, bom sistema de saúde etc. Os comentários da crise é normal porque o mundo todo depende da Europa  e também a  pior fase já passou."

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